123 research outputs found

    Economic Botany of an Endemic Palm Species (Butia catariensis Noblick & Lorenzi) in Southern Brazil

    Get PDF
    Butia catarinensis Noblick & Lorenzi is an endemic palm that occurs on sandy soils in coastal areas of southern Brazil, where its fruit are used as food. The objective of this study is to analyze the production chain aspects of B. catarinensis and to identify different stakeholders involved in its production in order to better understand the relationship between local people and this palm. The focus of this research is the Areais da Ribanceira, a common area where local residents harvest B. catarinensis fruit. The fruit are used on a domestic scale to produce B. catarinensis rum, and at an industrial scale to produce ice cream and popsicles, which are commercialized locally and in nearby municipalities. These products also reach the capital of Santa Catarina State, 80km from the harvesting area. The practice of this low impact activity can provide environmental, economic and social sustainability for the local community

    CHARACTERIZATION AND PARTICIPATIVE MAPPING OF NON-TIMBER FOREST PRODUCT EXTRACTION: THE CASE OF LEATHERLEAF FERN Rumohra adiantiformis (G. FORST.) CHING

    Get PDF
    Non-Timber Forest Products (NTFP) are plant products other than wood and firewood originating from natural or managed vegetation types. Rumohra adiantiformis (G. Forst.) Ching is one of these NTFP, a fern commercialized all around the world. The extractive activity of the species was characterized in the region of the Acaraí State Park, at São Francisco do Sul, Brazil. The extraction of the fern for commercial purposes generates income and helps in securing the livelihoods of families in the Acaraí region. The fern is harvested year round by a small number of extractivists in areas within and surrounding the Acaraí State Park. The harvesting activity in the region is dynamic, shaped by factors such as the low amount paid to the harvesters, as well as the relationships between extractivists, and other complementary activities that generate income. The local knowledge about the species and its harvesting was registered. Participatory mapping supplemented the information gathered in the interviews, creating a spatial perspective of this NTFP harvesting. There is a potential to promote actions for sustainability of the fern harvesting, including the conservation goal

    Duas Influências Etnobiológicas para uma Estudante de Graduação do Começo da Década de 1990

    Get PDF
    A convite dos editores da Ethnoscientia, para o número especial da revista sobre a Etnobiologia no Brasil, fui incumbida de redigir uma breve entrevista com a Dra. Maria Christina de Mello Amorozo, por ter sido sua aluna durante a graduação. Ao aceitar o convite, incluí também uma entrevista com a Dra. Alpina Begossi, que foi também influência fundamental na minha formação, não apenas por ter sido minha orientadora no mestrado e no doutorado, mas principalmente por sua expressiva contribuição no cenário internacional e nacional no âmbito da Ecologia Humana e da Etnobiologia. Apesar de serem duas pesquisadoras que atuam em linhas diferentes, não posso falar sobre uma sem falar sobre a outra quando analiso as influências para a Ecologia Humana e para a Etnobiologia, especialmente para quem, como eu, foi aluno(a) de graduação no estado de São Paulo na década de 1990. Além de sua influência como professoras e pesquisadoras, tanto através de suas aulas, conversas, debates e artigos publicados, elas me apresentaram à outras bibliografias e a outros autores dessa área de estudo que na década de 1990 começava a ganhar mais adeptos no Brasil. Amorozo orientou ou co-orientou 27 trabalhos de conclusão de curso, 12 dissertações de mestrado e 5 teses de doutorado. Embora tenha dado foco mais recente à agricultura de pequena escala de raízes e tubérculos, destaco, entre os seus 24 artigos publicados, três que exploram a temática das plantas medicinais: Amorozo e Gély (1988), sobre uso de plantas medicinais em Barcarena, no Pará, Amorozo (2002) sobre uso de plantas medicinais em Santo Antonio do Leverger, no Mato Grosso, e Amorozo (2004) sobre práticas medicinais pluralísticas que combinam o uso de plantas e remédios industrializados. Begossi tem concluídas várias orientações ou co-orientações de trabalhos de conclusão de curso, 21 dissertações de mestrado, 10 teses de doutorado, 6 supervisões de pós-doutorado. Sua produção acadêmica é extensa, com 120 artigos publicados, que refletem a projeção das suas contribuições no cenário internacional da ciência. Embora sua principal área de atuação seja relacionada aos recursos pesqueiros e pescadores artesanais, destaco a sua importância no cenário nacional e internacional da área, especialmente através de algumas de suas contribuições (escolhidas aqui a somente a título de exemplo): em um artigo que ainda hoje é usado em muitos cursos de graduação e pós-graduação na área de Ecologia Humana e etnobiologia, e em áreas correlatas, Begossi (1993) faz um apanhado teórico das várias linhas da Ecologia Humana. Temas de interesse central para a etnobiologia também são foco de seus estudos, como por exemplo a etnotaxonomia, assunto de Begossi et al. (2008). As conexões com aspectos teóricos e metodológicos da Ecologia ficam bastante evidentes, por exemplo, em Begossi (1996), um estudo pioneiro que discute o uso de análises ecológicas de estimativas de diversidade em etnobotânica, e em Begossi et al. (2004), que congrega a análise de cadeias alimentares para compreender tabus alimentares relacionados ao consumo de pescado. A meu ver, a contribuição dessas duas pesquisadoras e professoras para a Etnobiologia e para a Ecologia Humana no Brasil vai além da quantidade de alunos orientados ou de artigos publicados. Begossi relata de modo autobiográfico seus caminhos na etnobiologia e na etnoecologia em um artigo recentemente publicado (Begossi 2014), e recomendo a todos a sua leitura. Para que o leitor da Etnnoscientia possa conhecer um pouco mais sobre a área no Brasil, Amorozo e Begossi gentilmente responderam a algumas questões apresentadas nas breves entrevistas a seguir

    Protected Area Establishment and Its Implications for Local Food Security

    No full text
    The establishment of protected areas can reduce access to natural resources for communities that depend on such areas for food, and can thus contribute to food insecurity. We studied the local food systems of two communities that surround a protected area in southern coastal Brazil and the relationship between the protected area and local food security. We randomly selected 34 households to perform 24-hour recalls of food intake and administered a questionnaire that addressed food security. Our key findings were: (1) the consumption of biological resources is based on cultivated, raised, and fished food items, which are locally purchased, produced, or caught by households; (2) food vulnerability is related to household income; (3) there is a greater reliance on resources from the protected area among households with livelihoods that depend on the local environment; (4) the restriction of access to natural resources and the potential replacement of diverse activities that generate food and income influence the diets of the affected families, which can also affect local food security in the long term

    ISE (International Society of Ethnobiology) e a Conduta Esperada do pesquisador em Etnobiologia

    Get PDF
    Trata-se de um texto sucinto sobre o Código de Ética da ISE (Sociedade Internacional de Etnobiologia, ou International Society for Ethnobiology), recentemente traduzido para o português.Como um esforço conjunto para fomentar a aproximação entre etnobiólogos e etnoecólogos brasileiros e a International Society for Ethnobiology (ISE), durante o 14º Congresso internacional da Sociedade Internacional de Etnobiologia em Bhumtang, Butão (2014), tomamos a iniciativa de preparar uma versão em português do texto do Código de Ética da ISE. Este texto apresenta este processo e os principais tópicos do Código de Ética da ISE

    Etnoecologia e etnobotânica da palmeira juçara (Euterpe edulis Martius) em comunidades quilombolas do Vale do Ribeira, São Paulo.

    Get PDF
    As comunidades quilombolas são consideradas comunidades negras rurais formadas por descendentes de africanos escravizados. No Vale do Ribeira, uma das regiões mais pobres do estado de São Paulo, estas comunidades vivem da agricultura de subsistência e principalmente da coleta do palmito juçara para complemento da renda familiar. A palmeira juçara possui importante papel ecológico e econômico para a Floresta Atlântica e para as comunidades rurais locais. O objetivo geral deste trabalho foi investigar aspectos etnoecológicos e etnobotânicos da palmeira juçara (Euterpe edulis Martius) em comunidades quilombolas do Vale do Ribeira, SP. A investigação se deu em sete comunidades quilombolas através da aplicação de 25 entrevistas semi-estruturadas e da realização de uma oficina de identificação dos animais consumidores de frutos da palmeira. Também foram realizadas coletas e identificação de visitantes florais. Os quilombolas entrevistados demonstraram um detalhado conhecimento ecológico local sobre a palmeira juçara, principalmente a relação da biodiversidade animal associada à espécie. Neste trabalho a etnoecologia e a etnobotânica mostram-se ferramentas importantes no levantamento participativo do conhecimento ecológico local do E. edulis que pode ser considerado no manejo e na conservação da espécie na Floresta Atlântica

    Resilience and adaptability of traditional healthcare systems: a case study of communities in two regions of Brazil

    Get PDF
    The traditional healthcare systems (THS) of communities in two different regions of Brazil were investigated through the lens of social-ecological resilience, assuming that the resilience of THS and of the communities influence each other. We analyzed what has sustained and changed in the trajectory of THS of different rural and coastal communities in Brazil during the last seven decades, focusing on the domains of social biodiversity (especially on plant diversity for medicinal use), health practices learning, and social organization. The THS analyzed refer to three rural communities in northeastern Brazil, and three Quilombola communities on the southern coast of Brazil. Data were obtained through participatory methods, interviews, and secondary sources. The main drivers affecting the THS were the (1) development of national and regional infrastructure, (2) access to public healthcare, (3) implementation of protected areas, and (4) recognition of Quilombola territories (Quilombos). The components of social biodiversity, learning, and social organization contributed to the adaptive capacity and resilience of the systems through the continuity of knowledge transmission, use of local biodiversity for healthcare, request for local specialists, recovery of cultural practices, and institutional development of local organizations and partnerships. Challenges concerning the resilience of the THS are explained by the urbanization processes, restriction of access and use of some native plants, decrease in economic dependence on local biodiversity resources, and the need to improve social capital. After assessing the factors affecting the resilience of THS, we recommend actions that could enhance social-ecological resilience in different communities and under different situations.241CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO - CNPQCOORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR - CAPES309613/2015-9Sem informaçã

    HOW MUCH OF THE LOCAL KNOWLEDGE ABOUT MEDICINAL PLANTS IS INCLUDED IN PUBLIC HEALTH POLICIES? A CASE STUDY FROM SOUTH BRAZIL

    Get PDF
    The incorporation of traditional medicine in public health policies has been proposed by the World Health Organization (WHO). In Brazil this is reflected in RENISUS, an official list of medicinal plants of interest to the public health care system, with medicinal potential. Despite being an advance, this list reveals only a fraction of the biological and cultural diversity of Brazil. Using ethnobotanical data from two rural communities in Southern Brazil (Sertão do Ribeirão and Costa da Lagoa, Florianópolis municipality) we compared the RENISUS list with the lists of medicinal plants traditionally used. The similarity between the ethnobotanical lists was 26.32%, and between RENISUS and each ethnobotanical list was less than 5%. These results indicate the need to broaden the approach of the public health policies. The systematization of ethnobotanical data can be an interesting strategy for it

    Does environmental instability favor the production and horizontal transmission of knowledge regarding medicinal plants?: a study in southeast Brazil

    Get PDF
    Greater socio-environmental instability favors the individual production of knowledge because innovations are adapted to new circumstances. Furthermore, instability stimulates the horizontal transmission of knowledge because this mechanism disseminates adapted information. This study investigates the following hypothesis: Greater socio-environmental instability favors the production of knowledge (innovation) to adapt to new situations, and socio-environmental instability stimulates the horizontal transmission of knowledge, which is a mechanism that diffuses adapted information. In addition, the present study describes “how”, “when”, “from whom” and the “stimulus/context”, in which knowledge regarding medicinal plants is gained or transferred. Data were collected through semi-structured interviews from three groups that represented different levels of socio-environmental instability. Socio-environmental instability did not favor individual knowledge production or any cultural transmission modes, including vertical to horizontal, despite increasing the frequency of horizontal pathways. Vertical transmission was the most important knowledge transmission strategy in all of the groups in which mothers were the most common models (knowledge sources). Significantly, childhood was the most important learning stage, although learning also occurred throughout life. Direct teaching using language was notable as a knowledge transmission strategy. Illness was the main stimulus that triggered local learning. Learning modes about medicinal plants were influenced by the knowledge itself, particularly the dynamic uses of therapeutic resources.Fil: Taboada Soldati, Gustavo. Universidade Federal de Juiz de Fora; BrasilFil: Hanazaki, Natalia. Universidade Federal Da Santa Catarina; BrasilFil: Crivos, Marta Alicia. Universidad Nacional de la Plata. Facultad de Cs.naturales y Museo. Laboratorio de Invest. En Etnografia Aplicada; Argentina. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; ArgentinaFil: Albuquerque, Ulysses Paulino. Universidade Federal Rural Pernambuco; Brasi

    Saliência ecológica e concordância na identificação de espécies arbóreas de Mata Atlântica Brasileira

    Get PDF
    This study aims to investigate the consensus among informants in the naming of tree species from a high diversity environment, the Brazilian Atlantic Forest (Sete Barras, SP), through a methodological procedure based on standardized stimuli. Seven selected local experts on tree species used for timber and handicrafts were asked to walk individually across the same area of 1.72 ha and identify and name all the known trees of more than 4 cm DBH (diameter at breast height) using common names. All trees were botanically identified, and their DBH and height were measured. The ecologic salience of tree species, expressed in terms of abundance, average height and DBH, was tested in relation to the informants' knowledge and species naming. The guided walks resulted on 708 identification events, with common names corresponding to 122 botanical species, or 68% of all tree species present. Both the reduced abundance and ecological salience of rare species can explain their recognition. The highest concordances in naming a tree were related only to the species abundance and not to their size (given by diameter and height). In some cases, there is no single common name for a botanical species, reflecting the intrinsic variation in local knowledge, which must be considered in ethnobotanical studies, in ecological assessments based on local knowledge, as well as in community-based conservation and management programs.Este estudo visa investigar o consenso entre informantes no reconhecimento e denominação de espécies arbóreas de um ambiente com alta diversidade, a floresta atlântica brasileira (Sete Barras, SP), através de um procedimento metodológico baseado em estímulos padronizados. Foram selecionados sete especialistas locais conhecedores de espécies arbóreas usadas para madeira e artesanatos, que percorreram individualmente uma mesma área de 1,72 ha para identificar e nomear todas as árvores conhecidas com mais de 4 cm de DAP (diâmetro na altura do peito) através de nomes populares. Todas as árvores foram identificadas botanicamente e tiveram seus DAP e altura determinados. A saliência ecológica das espécies arbóreas, expressa em termos da abundância, da altura média e do DAP, foi testada com relação ao conhecimento de cada informante em nomear as espécies. As caminhadas guiadas resultaram em 708 eventos de identificação, com nomes populares que correspondem a 122 espécies botânicas, ou a 68% de todas as espécies arbóreas presentes. Tanto a reduzida abundância como a saliência ecológica de espécies raras podem explicar seu reconhecimento. As concordâncias mais elevadas em nomear uma árvore foram relacionadas somente à abundância da espécie e não ao seu tamanho (dado pelo diâmetro e pela altura). Em alguns casos, não há um único nome popular para uma espécie botânica, refletindo a variação intrínseca no conhecimento local, que deve ser considerada em estudos etnobotânicos, nas avaliações ecológicas baseadas no conhecimento local, assim como em programas de manejo e conservação participativos
    corecore